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sábado, 23 de março de 2019

Das histórias reais, que poderiam não ser.

Domingo, 05:30 am.
Perguntei: - com licença, posso sentar? Ela ergueu a cabeça e entre os óculos fitou outras cadeiras disponíveis como quem diz: com tanto lugar livre você quer sentar aqui onde eu coloquei minhas coisas? Ela não me respondeu. Pegou as preciosas coisas dela e saiu, sentou em outro lugar. Incrédula fiquei. Incrédulos ficaram - alguns.

Na hora só queria dizer que por baixo desta roupa, existe um ser-humano, de carne, osso e sentimentos. Muitos, inclusive. Mas resolvi não absorver, a vida me ensinou isso. Você só vai pegar pra você aquilo que você quiser pegar pra você, aquilo que você aceitar que vai ser seu. Então, use a peneira. Mas isso tudo me fez pensar sobre o mundo, sobre as pessoas e sobre as relações. Vivemos em um círculo onde muitos se OLHAM mas poucos se ENXERGAM. A minha dor é maior, o meu espaço é mais importante, a minha vida é mais legal, eu sou mais interessante, o meu dia foi mais cansativo, eu sou mais estressada, estou mais sobrecarregada, blá blá blá. E você, querido? Não importa. Você não pode sangrar, você tem que se diminuir, porque a vida alheia é mais difícil que a sua, aceita. Pelo amor do meu santo Deus (com muita exclamação). Quando deixamos de valorizar a singularidade de cada um? A importância de cada um e o espaço de cada um nisso tudo? Não estamos sozinhos nessa e todo mundo precisa de todo mundo, apesar de todos os apesares e pesares e desamores e dores e dificuldades e detalhes e acontecimentos da vida precisamos reaprender a enxergar o próximo, enxergar que além de todas as circunstâncias existe uma história, uma pessoa que merece respeito, bom-senso e no mínimo, educação e empatia.

Por isso, eu te perdoo do fundo da minha boaalmaecoração. Por me olhar, mas não me enxergar.


olhar - verbo
1. dirigir os olhos para; mirar(-se), fitar(-se).

enxergar
- verbo
1. reparar, notar, perceber.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Reflexões 01:31 am.

De um tempo pra cá propus para mim mesma um desafio: Ser gentil além da gentileza. Surpreender alguém com um chocolate, uma visita inesperada, uma palavra de gratidão, um abraço apertado. Ser gentil além da gentileza. Além do bom dia, do boa tarde, boa noite, obrigada e de nada. Senti que seria bom fazer isso não só pelo próximo, mas por mim mesma.
Minha maior surpresa foi perceber que as pessoas, em um primeiro momento, não ficavam felizes com a minha atitude, elas ficavam assustadas.

Obrigada por este chocolate, mas o que tu quer em troca?
E esse abraço inesperado? Tá afim de mim.
Apareceu depois de tanto tempo. Só pode estar na pior.
Louca.

As pessoas desaprenderam a ser amadas. As pessoas desaprenderam a receber gentilezas gratuitas, as pessoas não sabem mais ser gentis. O ser humano está carente e tão oco por dentro que não consegue mais acreditar que um gesto bom de verdade, seja honesto. Quando foi que isso aconteceu? Quando foi que crescemos a ponto de não nos permitirmos mais ser YANG e nos limitamos tanto a sermos YIN? Levanto minha mãozinha, sou um deles - meu Deus! -. Exercitar mais a empatia, agradecer, agradecer e agradecer por mais um dia de vida e pedir que O cara lá de cima nos dê sabedoria e paciência para mudar em nós aquilo que podemos mudar, e que tenhamos persistência para não desacreditarmos no primeiro tropeço, no primeiro – “ser gentil é a sua obrigação” -, ser gentil, sim, é a minha obrigação, mas ser gentil além da gentileza, hoje, se tornou o meu objetivo.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Olhar nos olhos

Olhar no olhos.
Poucas são as pessoas que olham nos olhos, mas devemos saber que quem olha nos olhos não hesita, quem olha nos olhos enxerga muito além do que pode ser visto. Olhar nos olhos é um mergulho no íntimo do outro, sem nenhum tipo de invasão agressiva. É implícito. Quem olha nos olhos não sabe fingir. Olhar nos olhos é se entregar. Abrir o horizonte do coração para que alguém conheça a parte mais bonita do seu corpo, sua alma. Quem olha nos olhos não mente, não apunhala, não faz de conta. Olhar nos olhos é muito mais além do que se pode supor. Quem olha nos olhos abraça sem nem encostar. Quem olha nos olhos entende, se coloca no lugar do outro, se emociona e acredita. Acredita que olhar nos olhos basta, que olhar nos olhos melhora, que olhar nos olhos recupera, regenera. Quem olha nos olhos também se decepciona - e como -, pois nem sempre quando olho nos teus olhos você olha nos meus.
Olhe nos olhos.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

(...)

















E então ele disse:
- Eu sou o cara mais sortudo do mundo.

Risos.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Foi então que eu percebi que aquele era o amor da minha vida. Desta e de muitas outras.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Shii (...)

Se tu és, és por ser e és feliz e completa por isso, ou não. Quem se auto afirma o tempo inteiro, via de regra muito teme. Não precisa ficar ratificando felicidade, tristeza, decepção ou whatever aqui ou onde quer que seja. A vida é muito mais que isso, MUITO mais. Sentimento só não é cego e principalmente não é surdo, mas é mudo. Baixinho. 

domingo, 23 de dezembro de 2012

"Às vezes é necessário optar por afastar-se de quem queremos bem, quando não há uma saída melhor. Mas quando a gente achar que algo possa ter mudado, a gente volta. Pode ser que não encontramos as mesmas pessoas quando voltarmos, mas acredito que é melhor arriscar assim, do que perde-los em pior situações: ficando aqui."


Autor desconhecido.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Nade.


Queria saber escrever sobre coisas menos clichês, sobre sentimentos menos passados, pessoas novas, atitudes diferentes, pensamentos inusitados. Mas aí… Ao olhar no espelho e deparar-me com a imagem ali refletida, dei por conta de que não existe nada melhor do que sentir orgulho, orgulho de si mesma. Saber que seus pensamentos ultrapassados, conservadores e por muitos considerados bitolados, são puros. Saber que a sua beleza é mais do que uma bunda e dois peitos. Saber que quando alguém precisa de alguém, é pra você que liga e é com as suas palavras de amparo que conta.  Escutar que seu abraço conforta, que até seu silêncio satisfaz. Poder sentir-se querido e bem-vindo nos lugares e perceber que com o tempo – esse é rei –, perceber que com o tempo, você passa a atrair pessoas exatamente assim pra perto, e tudo e todos que vão ficando é aquilo e aqueles que alcançaram um grau mais profundo e significativo, seja no sentido que for. Perceber que as coisas demoram muito mais pra machucar, não porque você se tornou frio, mas porque cresceu e está forte. Porque aprendeu qual é o real significado da palavra valor, e conjuga o verbo dar direitinho em se tratando de família, amigos e felicidade. Porque a vida vai te mostrar que o importante não é o quão forte você bate, mas sim, quanta porrada você aguenta. Vai te ensinar o significado de respeitar pai e mãe, mesmo que você não os tenha. Que amigos mesmo, de verdade, você conta nos dedos, e não enche uma mão. Que amizade é uma via de mão dupla. Que algumas raras pessoas fariam por você aquilo que você espera que alguém faça por você. Que felicidade não é roupa de marca e tênis do momento, taças de champagne e alguns beijos sem significado, felicidade é se amar por dentro, se sentir amado e saber corresponder, que felicidade é mais do que carne. Felicidade é não mentir. Mentira é uma felicidade instantânea, que vai doer muito mais depois. Que felicidade mais do que isso é olhar pra trás e se sentir bem pelo o que foi vivido, olhar pro agora e sentir orgulho, olhar pra frente e sentir coragem, coragem para acima de qualquer coisa saber seguir, seguir em frente é a ordem, e isso é esperançosamente lindo, por mais que as coisas mudem, o importante é você não mudar e se mudar, que faça para melhor.


“Só peixe morto vai a favor da correnteza.”

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Não tá fácil pra ninguém, eu sei.



Fazendo uma coisa hoje que a muito muito tempo não fazia: traduzindo sentimentos em palavras. Devia estar acostumada já, sempre quando o mar de dentro se mostra agitado, já aviso: ondas fortes navegantes, bandeira vermelha! Antes de transbordar, é hora de escrever. Sempre tive isso, mania de tentar parecer forte e não encomodada com certas situações, besteira menosprezar aquilo que eu sinto, como se os outros fossem mais importantes e sentissem mais verdadeiramente as coisas do que eu, besteira bobeira. Ou apenas, vergonha. Não de demonstrar, mas de parecer b o b a. Falei. É que é dificil falar, mostrar, demonstrar, desmascarar as coisas assim, sem saber a reação das outras pessoas. Um eu te amo precipitado; Você é o melhor amigo do mundo; A melhor mãe do mundo; O melhor pai do mundo; Um irmão como poucos; É difícil falar. Eu S I N T O a tua falta. Eu S I N T O saudade. Dos beijos, do cheiro, dos abraços, da voz, das risadas, das mãos, dos olhos, da boca, até das brigas. Saudade de situações. S A U D A D E! Em letras maiusculas, negrito e sublinhado, com exclamação no final – de intensidade –, e saudade é aquele sentimento que a gente só confessa assim, escancaradamente, pra’quela poça de lagrimas que se forma no travesseiro, antes de dormir. Mas saudade também, acima de tudo, é um olhar pela janela e perceber que a vida segue, vida-louca-vida como diria Cazuza. Sinal de que aquilo que foi vivido valeu a pena, e marcou. Saudade é aquela vontade de querer de volta, de querer por perto, ontem, hoje, amanhã e sempre. Normal é sentir falta daquilo que foi bom, anormal é não sentir nada. Saudade.

domingo, 4 de março de 2012

Fácil falar.


Antes de deixar de dar um passo à frente, antes de desistir de fazer algo que quer, por medo do que os outros vão achar-pensar-falar, faça uma pergunta a si mesmo: “- Quais são as opiniões que importam pra mim?” E as considere, considere tão e somente estas opiniões, as opiniões de quem realmente se importa com você, e de quem realmente importa a você. É só isso que você tem que considerar. Não decepcionar as pessoas que se importam com você, e não decepcionar a você mesmo. É como diz aquele velho ditado: “Acerte noventa e nove vezes e você não vai escutar um elogio, erre uma única vez, e receba mil condenações.” E você vai ficar triste com isso, porque as pessoas realmente falam, as pessoas realmente julgam, e as pessoas realmente condenam, e muito. Pregando moral de cueca, mas elas fazem, porque enxergar o próprio umbigo é deveras trabalhoso, e exige certo esforço, então elas falam, falam, falam dos outros, porque exercer auto-crítica nesses casos deve ser insuportavelmente doloroso. Então o que eles fazem? Falam, julgam e condenam. Sem saber sob quais circunstancias agimos, sem saber se temos alguma razão pra agir como agimos. Julgar é fácil e vejam bem, de graça. E ainda machuca. Por isso é sempre bom acreditar, confiar e se importar primeiro com nós mesmos e em nós mesmos, o resto (salvo raras exceções, e cada um tem as suas) é resto.


“Não digo que todo mundo deva fazer a mesma coisa, e que isso é o certo. Na minha cabeça, certo é tudo aquilo que dá prazer da gente fazer.